terça-feira, 26 de julho de 2011

A primeira vez a gente nunca esquece 1

Olhei pela janela e era ela. Caía de mansinho.
No início se fingia de chuva para não chamar muita atenção.
Mas foi encorpando e ganhando volume, perdeu transparência, ganhou cor.
Branco. Branco cisne, branco algodão doce, branco nuvem.
Eu estava viajando sozinha e não tinha com quem comemorar.
Falei sozinha, fiz gestos empolgados sozinha, caminhei mergulhada em novidade.
Estava lúcida de belezas.

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